O Brasil inteiro acompanhou perplexo os desdobramentos do caso envolvendo um adolescente de 14 anos, acusado de tirar a vida de seus próprios pais e do irmão mais novo, de apenas 3 anos, em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro.
O crime, além de surpreender pela frieza, gerou um intenso debate sobre saúde mental, influência digital e o acesso a armas de fogo. A nova revelação, de que a mãe ainda estava viva quando foi jogada na cisterna, acrescenta mais um elemento perturbador à história.
De acordo com a investigação, o adolescente esperou a família dormir na noite de sábado, dia 21 de junho antes de agir. Utilizando a arma do pai, que tinha registro como CAC, o jovem atirou no pai primeiro, depois na mãe.
Segundo relato da avó paterna, o garoto confessou que a mãe ainda respirava quando foi colocada dentro do reservatório de água. Em seguida, o menino mais novo acordou, e o adolescente também atirou contra ele.
A motivação principal teria sido a oposição dos pais ao relacionamento virtual que o adolescente mantinha com uma garota da mesma idade, residente em outro estado. O casal teria impedido uma viagem ao Mato Grosso, o que teria despertado revolta no jovem.
A Polícia Civil ainda investiga se a adolescente teve algum tipo de influência no crime. Outro fator levantado pela investigação foi uma possível motivação financeira: o garoto teria pesquisado como acessar o FGTS do pai após o crime, que somava cerca de R$ 33 mil.
Durante os dias que se seguiram ao crime, o adolescente tentou enganar os familiares, alegando que o irmão havia engolido vidro e que os pais tinham saído para o hospital. Ele chegou a acompanhar a avó na delegacia para registrar o desaparecimento da família.
No entanto, vestígios de sangue e o odor no local levaram a polícia à cisterna, onde os corpos foram encontrados. A Justiça determinou a internação provisória do adolescente por 45 dias.
