Bolsonaro recebeu alta médica recentemente e recebeu um aconselhamento por parte de sua equipe de saúde que está preocupada com sua situação fragilizada após ter passado diversos dias internado.
O ex-presidente foi desaconselhado a comparecer ao ato em defesa da anistia aos envolvidos no episódio do dia 8 de janeiro, marcado para acontecer na próxima quarta-feira, dia 7 de maio, na capital federal.
A recomendação visa evitar riscos de infecção e garantir a recuperação do ex-presidente, que passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal no último mês.
O cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo procedimento, afirmou que o ex-mandatário deve evitar aglomerações e atividades físicas intensas. Já o cardiologista Leandro Echenique reforçou: “Há risco de complicações infecciosas. Ele precisará de repouso domiciliar nesta semana”.
Diante destas informações, ao ser questionado sobre sua participação no evento, Bolsonaro respondeu aos jornalistas que os médicos é quem iriam decidir. Anteriormente, ainda internado, ele havia convocado apoiadores para o protesto.
A obstrução intestinal tratada é uma sequela das múltiplas cirurgias abdominais realizadas após o atentado a faca em 2018, durante sua campanha presidencial. O problema, causado por aderências internas, exigiu 22 dias de internação, incluindo nove na UTI.
Os principais sintomas da condição que atingiu Bolsonaro são inchaço e dor abdominal intensa, náuseas e vômitos e dificuldade para eliminar gases ou fezes.
Apesar das recomendações médicas, Bolsonaro reiterou apoio à causa, justificando que não houve derramamento de sangue ou armas. O ato reivindica o perdão judicial para condenados pelos ataques a instituições públicas em 2023, tema que segue sob análise do STF.
No momento, os apoiadores seguem mantendo vigílias e orações pelo ex-presidente, que seguirá em recuperação em um condomínio, na região de Brasília, acompanhado pela esposa, Michelle Bolsonaro, que tem mostrado um grande apoio ao seu marido.