Nessa terça-feira (23), o presidente da República Jair Bolsonaro esteve em um evento em Vitória da Conquista, cidade localizada no sudoeste da Bahia. Durante a sua participação no referido evento, Bolsonaro afirmou que ama o Nordeste. Essa declaração foi feita durante a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha.
A viagem de Bolsonaro à região representa a sua segunda ida ao Nordeste desde a sua posse. Ela também representa a primeira ocasião em que o presidente da República passa pela região desde a sua declaração polêmica a respeito dos governadores nordestinos.
A declaração supracitada foi feita em uma conversa informal entre Bolsonaro e o ministro Onyx Lorenzoni, na última sexta-feira (19). Na ocasião, o presidente da República se referiu a todos os governadores do Nordeste como governadores de ‘paraiba’ e ainda ressaltou que o pior deles era o do Maranahão, Flávio Dino.
Dessa forma, durante a sua visita a Vitória da Conquista, Bolsonaro afirmou que ama o Nordeste e que a sua filha tem sangue de “cabra da peste” em suas veias.
Na ocasião, o presidente ainda afirmou que não estava em Vitória da Conquista ou mesmo na Bahia, mas antes no Brasil, visto que, para ele, não existe diferenciação entre regiões ou pessoas que vivem no país. Por fim, o presidente ressaltou que “somos um só povo”, cujo objetivo é somente fazer com que o Brasil assuma o lugar de destaque que merece no cenário mundial.
Também durante o seu discurso, Bolsonaro falou a respeito da necessidade de se respeitar a todas as religiões, mas, simultaneamente, afirmou que embora o Brasil seja um país laico, o presidente é cristão.
Essa afirmação já havia sido feita por ele ainda no início do mês de julho, durante um evento ocorrido no Senado, quando afirmou que indicaria um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal.
A respeito da inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, é importante ressaltar que o governador da Bahia, Rui Costa, se recusou a participar da inauguração por considerar que a ocasião era restrita a um número muito pequeno de convidados, fazendo com que ela se parecesse mais com uma “convenção político-partidária”.
Via: g1.globo.com