Mortes silenciosas em casa por Covid-19: favelas brasileiras podem repetir a tragédia dos países ricos nos asilos
O Brasil também está vivendo dias difíceis. Na cidade de São Paulo os 20 de distritos que foram mais atingidos e que tem mais casos da Covid-19 estão entre as favelas, entre os cortiços e os conjuntos habitacionais com alta população.
De acordo com as informações o risco de morrer por causa do coronavirus nos bairros em situações sociais ruins é multiplicado por 10.
Já no Rio de Janeiro um grupo de médicos está tentando desenvolver um trabalho na intenção de evitar que as comunidades pobres brasileiras tenham a mesma realidade vivida pelos países ricos nas casas de repouso e nos asilos onde o número de mortos por coronavirus foi muito alto.
Em um país subdesenvolvido a demora no atendimento pode aumentar as chances do paciente evoluir para um quadro mais grave e morrer.
Os médicos concordam que quando conseguem abreviar o tempo entre o início do agravamento da doença até ao tratamento e acesso à saúde as chances do doente sobreviver são grandes.
No entanto se esta pessoa está em uma comunidade onde não tem acesso fácil ao hospital e o tempo de deslocamento e chegada a uma unidade de saúde até o primeiro contato com o médico é grande, há risco de complicações que podem comprometer a saúde do doente levando-o à morte imediata.
É importante ressaltar que uma das características mais preocupantes da doença além do contágio é o caráter sorrateiro que a doença apresenta, pois o vírus acaba induzindo alguns pacientes a um patamar muito baixo de oxigênio no sangue e isso sem que a pessoa perceba.
Quando essa pessoa procura o hospital já chega em um nível que é necessário um respirador, por isso o infectologista Ésper Kallas, defende o uso do oxímetro de pulso que segundo ele deveria ser distribuído como os termômetros.
Via: g1.globo.com