O assassinato do ator Jonathan Joss, ocorrido no último domingo (1º) no Texas, gerou comoção nos Estados Unidos e levantou sérias preocupações sobre crimes motivados por homofobia.
Aos 59 anos, o artista, reconhecido por seu papel como a voz de John Redcorn na série animada O Rei do Pedaço, foi baleado por um vizinho durante um confronto que, segundo relatos, teve como pano de fundo insultos homofóbicos.
O crime aconteceu dentro da propriedade onde Joss estava com seu marido, Tristan Kern de Gonzales. De acordo com o relato de Gonzales, o casal havia visitado o terreno de uma antiga residência, destruída por um incêndio, e estavam visivelmente abalados ao encontrar restos de um de seus cães mortos no local.
Em meio à dor, começaram a gritar e chorar. Foi nesse momento que um vizinho, identificado pela polícia como Sigfredo Alvarez Ceja, aproximou-se proferindo ofensas homofóbicas.
A situação escalou rapidamente e Ceja sacou uma arma, disparando contra Jonathan Joss. O ator ainda tentou proteger o companheiro, empurrando-o para longe, e acabou sendo atingido fatalmente. Ele morreu no local, antes que os paramédicos pudessem realizar o socorro.
As autoridades de San Antonio informaram que o suspeito foi detido pouco tempo depois, a apenas um quarteirão da cena do crime, e foi formalmente acusado de homicídio.
O caso segue sob investigação, mas já é tratado pela família da vítima como um ato de intolerância motivado por ódio. A comunidade local e fãs do ator expressaram apoio e indignação nas redes sociais, exigindo justiça.
Jonathan Joss acumulava uma carreira sólida na televisão e no cinema, com participações também em Parks and Recreation, Tulsa King e Sete Homens e um Destino.
Sua morte interrompeu não apenas uma trajetória artística respeitada, mas também a vida de um homem que, segundo o companheiro, não ameaçava ninguém e apenas expressava seu luto.
A tragédia reacende o debate sobre violência contra a comunidade LGBTQIA+, evidenciando que, apesar de avanços em muitos países, ainda há um longo caminho para garantir segurança e respeito à diversidade.
Casos como o de Jonathan Joss destacam a urgência de políticas públicas eficazes de combate à homofobia e a importância de proteger aqueles que vivem sua identidade de forma aberta e honesta.