Bolsonaro orienta que pais de alunos rasguem páginas sobre higiene e educação sexual da Caderneta de Saúde da Adolescente

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro afirmou que vai reeditar a caderneta e retirar imagens que considera inadequadas.

Depois de declarar guerra a cartilha anti-homofobia que ele próprio batizou de Kit Gay, Bolsonaro agora declarou guerra contra a Caderneta de Saúde da Adolescente.

O documento é distribuído a adolescentes do Brasil e visa tratar de alguns assuntos muitas vezes vistos como tabu, como o uso de preservativos e também de higiene das partes íntimas.

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Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro afirmou que vai reeditar a caderneta e retirar imagens que considera inadequadas. As imagens em questão ilustram a colocação da camisinha e também a higienização da vagina.

Durante a transmissão, Bolsonaro desfolhou a caderneta para a câmera e fez questão de destacar que o material foi editado durante o governo de Dilma Rousseff.

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“São 40 páginas, tem muitas informações boas, precisas, mas o final dela fica complicado, no meu entendimento. Se você, pai ou mãe, achar que não, é direito teu. Então, é uma sugestão.
Quem tiver a cartilha em casa, dá uma olhada porque vai estar na mão dos seus filhos, e, se você achar que é o caso, tira essas páginas que tratam desse tipo de assunto”, afirma o presidente.

Bolsonaro estava ao lado dos generais Otávio Rêgo Barros, porta-voz do governo, e Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

“Expus o problema e então a solução, a decisão que ele tomou: vai fazer uma nova cartilha, com menos páginas, mais barata, sem essas figuras aqui no final e vamos rapidamente distribuir, recolher essas anteriores”, concluiu.

Para especialistas da área, o posicionamento do presidente é um retrocesso. “Estamos em um mundo onde há muitos problemas relacionados a gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis, e isso seria facilmente previnível caso houvesse uso de preservativos.

É difícil explicar este processo sem ter uma figura. Não podemos desprezar um conteúdo tão importante devido a questões moralistas sobre órgãos sexuais”, rebateu Georges Fassolas, diretor da Clínica de Reprodução Humana Vivitá.

 

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Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]