A misteriosa morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado sem vida dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, começa a ser desvendada pelas autoridades.
Um laudo do Instituto Médico Legal concluiu que ele morreu por asfixia, o que altera o rumo da investigação, antes tratada como “morte suspeita”. Com isso, a polícia passou a considerar com mais atenção a hipótese de crime.
E, consequentemente, algumas versões prestadas até aqui começam a ser questionadas, inclusive a de um amigo próximo que esteve com ele no dia do desaparecimento. Esse amigo, Rafael Aliste, afirmou em depoimento que ele e Adalberto consumiram bebida alcoólica e maconha durante o evento.
No entanto, os exames toxicológicos feitos no corpo do empresário não apontaram traços de álcool ou drogas, colocando a versão de Rafael sob suspeita. Apesar disso, a polícia ainda trata Rafael como testemunha, não como suspeito, e ele tem colaborado com as investigações.
Imagens de segurança mostram Adalberto circulando normalmente no local, indo até o estacionamento onde havia deixado seu carro. Foi justamente nesse trajeto que algo pode ter ocorrido.
A polícia trabalha com a possibilidade de ele ter sido abordado, talvez por alguém ligado à segurança do evento, ao tentar atravessar uma área restrita. Escoriações no pescoço levantam a suspeita de que ele possa ter sido contido com uso de força, possivelmente até imobilizado, levando à asfixia.
A esposa de Adalberto reforça essa linha de pensamento. Segundo ela, ele havia mandado uma mensagem dizendo que voltaria para casa para jantar, e jamais se colocaria em uma situação como a que foi encontrada.
A polícia ainda pretende ouvir dezenas de pessoas que atuaram como seguranças naquela noite um universo de 188 profissionais. O inquérito segue em andamento, com novas peças sendo encaixadas a cada depoimento e análise técnica.