Caso Eva Luana: em pedido de socorro, jovem usa instagram para denunciar ex-padrasto por abusos
O depoimento é realmente muito pesado e sensibiliza. Eva conta que, aos 13 anos, denunciou o agressor, depois de 1 anos sofrendo com as violências, mas o caso não foi para frente e nem chegou ao Ministério Público.
Quando se vive uma situação de abuso, é preciso muita coragem para denunciar. Felizmente, Eva Luana da Silva teve essa coragem e, além de denunciar o caso a polícia, também publicou uma longa carta no instagram, chamando a atenção pública para o seu caso (o que, notadamente, aumenta as chances de punição para o agressor).
Na carta, Eva detalha o que viveu desde os 12 anos quando, segundo ela, o então marido da sua mãe, Tiago Oliveira, começou a agredi-la sexual, fisica e psicologicamente.
PUBLICIDADE
Ela conta que por um tempo assistiu sua mãe ser alvo do homem até que ele começou a abusar dela também. Em seus textos, que foram 5, Eva da detalhes do que viveu morando com o homem.
Ela conta que vivia monitorada e vigiada, sendo alvo de diversos tipos de agressões e torturas – violência que também atingia a mãe, e então companheira do homem.
PUBLICIDADE
Em dada parte do texto, Eva afirma que o agressor tirou a alma de sua mãe, conta que assistiu sua mãe ser forçada a beber em excesso até vomitar e, depois, comer seu próprio vomito.
Prática que era comum na casa, Eva conta que certa vez o padrasto encomendou uma pizza tamanho família, e determinou que ela e sua mãe comessem a pizza e os dois litros de refrigerante em 10 minutos.
Elas não conseguiram e foram submetidas a todo tipo de violência como comer o próprio vomito, receber tapas e ter pedaços de pizza esfregados em seus rostos e enfiados em suas bocas.
O depoimento é realmente muito pesado e sensibiliza. Eva conta que, aos 13 anos, denunciou o agressor, depois de 1 anos sofrendo com as violências, mas o caso não foi para frente e nem chegou ao Ministério Público. Ela relata que, depois disso, as agressões se tornaram ainda piores. Com apenas 20 anos, ela conta que foi obrigada a praticar vários abortos sem poder ir ao hospital para realizar curetagem.
O depoimento completo pode ser lido nos links a seguir, mas esteja avisado que os detalhes são muito pesados.
Uma publicação compartilhada por Eva Luana (@evalluana) em
;
Em nota, o MP afirma que recebeu denuncia no dia 7 de fevereiro e já no dia 8 ouviu o depoimento da vítima. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher de Camaçari, onde segue sendo investigado. A promotora de Justiça Anna Karina Senna, junto com outras 5 promotoras, é quem conduz o caso. O MP destaca que um pedido de busca e apreensão foi expedido e cumprido no mesmo dia da prisão do homem, comerciante e ex-acessor parlamentar Tiago Oliveira. Em seu depoimento, Eva pede que a justiça não falhe com ela como falhou quando ela tinha 13 anos.
Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]