Colaram um tuiteiro de 13 anos para governar o país, diz Ciro Gomes
Em uma sequencia de reprovação à Bolsonaro e sua equipe, o ex-ministro e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) classificou nesta segunda-feira (11), o presidente como um “adolescente tuiteiro” e o governo como uma “confusão”.
“Eu prometi que só iria realizar crítica depois dos 100 primeiros dias de governo, porém está impossível pois tem este bando de boçal que está brincando de governar”, declarou.
“Botaram um garoto de 13 anos, um adolescente tuiteiro para governar o País.” A declaração foi feita em evento do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em São Paulo.
Na rede social, ele também postou a crítica.
Confira as linhas de investigações da execução de Marielle e Anderson
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos, a caminho de casa, após deixar um evento na Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, na Lapa, no dia 14 de março de 2018. Uma assessora da parlamentar também estava no carro, contudo sobreviveu.
Siciliano e Curicica
A primeira linha de investigação apresentada sobre o crime implica o miliciano Orlando de Curicica, que já estava preso na data do crime, e o vereador Marcello Siciliano (PHS). O jornal O Globo divulgou em maio de 2018 o teor do depoimento de um ex-policial que implicava o vereador.
O delator já teria trabalhado como segurança de Orlando. Ele falou à Polícia Civil que os dois seriam companheiros em atividade criminosa e que Marielle estaria atrapalhando seus negócios na região. Os dois negam as acusações.
O assessor do vereador Alexandre Pereira, o Alexandre Cabeça, morto em oito de abril, teria sido alvo de queima de arquivo, de acordo com este homem. Este ano, o vereador chegou a solicitar a federalização do caso.
Escritório do Crime
Outra linha investiga o envolvimento do Escritório do Crime, grupo de pistoleiros milicianos, que atua no Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Em janeiro, o ex-Bope Adriano, foragido, foi alvo de mandado, além de Ronald Paulo Alves Pereira e o subtentente reformado Maurício Silva da Costa.
Membros do TCE
Uma investigação paralela à da Polícia Civil investiga esquema para criar provas e identificar suspeitas sobre várias pessoas para atrapalhar a elucidação do caso. No dia 21 de fevereiro, a Polícia Federal concretizou uma operação que mirou um delegado da própria PF e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão. Esta linha presume que Siciliano e Curicica foram usados para confundir a investigação.
Em agosto de 2018, o deputado Marcelo Freixo (Psol) cobrou em entrevista à TV Globo que a Divisão de Homicídios investigasse a possível participação de três deputados do MDB envolvidos na Lava Jato: Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Os três negam a participação.
O motivo foi a denúncia que o deputado estadual fez em 2017 que impediu a posse do colega Edson Albertassi no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o que dificultaria a investigação do grupo. De acordo com Freixo, sua ação para impedir a posse do deputado seria capaz de ter provocado raiva e ódio contra ele e seu grupo político, inclusive Marielle.