Uma família denunciou uma creche em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, após uma criança de um ano voltar para casa com marcas de agressão e hematomas pelo corpo, nessa quarta-feira (20).
Segundo a família, a diretora da escola Municipal disse que Arthur Raphael Silveira Costa estava sob os cuidados de duas estagiárias, mas não soube explicar o que aconteceu.
Em nota, a secretária municipal de Educação, Carmem Garcia Monteiro, informou ter tomado conhecimento do caso e que imediatamente determinou o afastamento das estagiárias.
A Secretaria Municipal de Educação disse que já encaminhou o caso para o setor jurídico da pasta, que está avaliando a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta dos funcionários da creche envolvidos no caso e esclarecer os fatos.
O pai de Arthur, Anderson Costa de Souza, contou que o filho começou a estudar na creche há duas semanas e que estava gostando. No entanto, na terça-feira (19), ele voltou com uma marca de mordida no braço e, no dia seguinte, apareceu com outros hematomas.
“Quando ele chegou com a mordida, eles (funcionários) disseram que tinha uma criança que fazia isso, mas que já haviam tomado providências, entendemos, pois isso acontece com crianças, mas quando vimos ele todo machucado ficamos muito revoltados com a situação”, disse.
Anderson disse que a mulher dele foi chamada na creche pela diretora e foi informada que a criança havia se machucado por volta de 12h.
“Diretoria informou que este período é a alteração de plantão das educadoras e que, durante este período, duas estagiárias ficaram tratando dele, porém ninguém observou o acontecimento e as estagiárias foram demitidas, sem explicação”, contou.
A família registrou um boletim de ocorrência e acionou o Conselho Tutelar que solicitou exames de corpo de delito.
Segundo Anderson, durante os exames, o médico informou à família que a criança não sofreu nenhuma queda e que os hematomas são de uma provável agressão.
Os resultados dos exames serão entregues à Polícia Civil, que deve investigar o caso.
O pai da criança disse que deixava o filho na creche porque não tinha ninguém para cuidar dele durante esse período, já que ele e a mulher trabalham.
“Ele está assustado. Qualquer coisa que falamos, ele começa a chorar. Não levamos ele na creche, mas não sabemos o que fazer, pois a avó começa a trabalhar na semana que vem”, ressaltou.