Dançarinos brancos são expulsos de companhia de dança para que mais negros e asiáticos sejam contratados, diz site

Alguns estão lá há mais de 20 anos, com os dançarinos atribuindo seu alto nível de aptidão para as classes regulares e performances. A notícia das aposentadorias forçadas é considerada uma "bomba".

A companhia de dança “Company of Elders” ganhou reconhecimento no mundo todo por ser uma equipe formada exclusivamente por membros acima dos 60 anos. Mas agora membros de longa data da trupe foram informados de que precisam sair para dar lugar a mais recrutas negros e asiáticos.

A decisão do prestigioso Sadler’s Wells Theatre, em Londres, que administra a companhia de dança contemporânea, foi atacada como um sacrifício ao bem-estar dos membros atuais – muitos na faixa dos 70 e 80 anos – em nome do “politicamente correto”. Até agora, os membros puderam permanecer na empresa o tempo que puderam, ou seja, enquanto podiam dançar.

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Alguns estão lá há mais de 20 anos, com os dançarinos atribuindo seu alto nível de aptidão para as classes regulares e performances. A notícia das aposentadorias forçadas é considerada uma “bomba”.

Uma fonte próxima da empresa disse: “É tudo o que eles sabem. Não é apenas sobre a dança, mas a socialização, o fim do isolamento, e envelhecer e crescer outra vida. Naturalmente, eles estão arrasados. As pessoas estão chateadas porque sentem que estão sendo deixadas de lado no interesse da inclusão”.

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Sob as novas regras, qualquer um que tenha participado da trupe por dez anos ou mais foi informado de que pode permanecer por apenas mais três anos. Aqueles que estão lá há menos de dez anos podem ficar por mais cinco. Um porta-voz de Sadler’s Wells disse que o plano era encorajar “pessoas de origens BAME [negras e minorias étnicas] a se unirem”.

Trevor Phillips, ex-presidente da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, disse: “Se você está genuinamente interessado em diversidade, uma das coisas que você não fará é reduzir a gama de idades que você tem na empresa. É um pouco escandaloso jogar com um grupo minoritário – pessoas de cor – contra outro grupo minoritário – dançarinos mais velhos.

Fundada em 1992, a empresa é formada por cerca de 20 dançarinos com idades entre 60 e 89 anos e se apresentou no Teatro Nacional, no Japão e na Bienal de Veneza, além de ser tema de um documentário da BBC1. A companhia chamou a atenção justamente por sua política anti-exclusão.

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]