As pessoas que dependem da saúde pública são obrigadas a aguentar na maioria das vezes longas esperas para um atendimento que nem sempre é feito da maneira adequada.
Infelizmente uma mãe viveu em um hospital de Campinas, momentos de tristeza e muita dor. Depois de passar mais de 15 horas com o filho pequeno no colo, a criança não resistiu e faleceu.
A família da criança de cinco anos que possui Síndrome de Down levou a criança ao Centro de Atendimento de Campinas porque a criança não estava bem.
“Estava com suspeita de dengue, passaram medicação, retornou para casa”, disse Vinícius Alexandre, tio do garoto. Diogo foi medicado e liberado para casa.
Como o menino não melhorou, os pais o levaram na quinta-feira (28) ao HMI. A unidade está superlotada e interna pacientes em cadeiras da sala de espera e nos corredores.
Em uma das cadeiras, estava Diogo. O menino deu entrada no HMI com prioridade amarela. Isto significa que o paciente precisa de atendimento médico, mas sem risco imediato.
Mas a criança piorou muito depois da longa espera e sem diagnóstico algum, Diogo morreu ali mesmo, no corredor do hospital, nos braços de sua mãe:
“O quadro da criança evoluiu com muita gravidade não respondendo as manobras de ressuscitação na sala de reanimação, e as 13:55 foi constatado o óbito e Diogo”.
Conselheiros tutelares visitaram o hospital na manhã desta sexta-feira e constataram que a unidade segue superlotada.
“Estamos requisitando aqui do Cais de Campinas e do HMI o prontuário para saber o que aconteceu. Se houve negligência médica, vamos fazer representação junto ao Ministério Público e à Polícia Civil”, afirmou o conselheiro Diego Peres.
Um vídeo mostra o desespero da mãe de Diogo ao ver que o filho não resistiu. A situação enfrentada pela mãe do garoto é a mesma enfrentada por milhares de brasileiros que são obrigados a enfrentar hospitais lotados, falta de vagas para internação e tantas outras coisas que mostram o caos da saúde pública do país.
A direção do hospital disse que vai investigar a morte do garoto Diogo para saber exatamente o que aconteceu com a criança.
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