Diego Hypolito ‘sai do armário’ e garante que não vai mais deixar de viver: ‘eu sou gay’

Diego Hypolito é um dos ginastas mais famosos do Brasil em todos os tempos. Dono de uma carreira vitoriosa na modalidade, com medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, Hypolito falou pela primeira vez, abertamente, sobre sua sexualidade.

“Nunca mais vou deixar de viver o que eu sou. Eu sou gay”, garantiu o irmão de Daniela Hypolito, em entrevista exclusiva ao UOL. O atleta contou ainda o dilema de ser homossexual em uma sociedade chamada por ele de preconceituosa.

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“Todo mundo me zoava, zombava do meu jeito (…). Eu tinha certeza que se um dia eu saísse do armário publicamente, perderia patrocínios e minha carreira seria prejudicada”, contou Diego Hypolito.

Ao Globoesporte.com, o atleta contou que um dos motivos que o levou a falar sobre sua homossexualidade é encorajar outros homossexuais a saírem do armário também.

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Ele contou que de um tempo para cá tinha vontade de abrir isso logo após os Jogos Olímpicos. Diego afirmou que sofreu preconceitos das pessoas e dele mesmo. O atleta tinha medo de perder patrocínios se revelasse que era homossexual.
“As pessoas tem que entender e respeitar as pessoas como elas são”, cravou o ginasta. Diego também comentou que não falava sobre esse assunto nem com a sua família e que já viu pessoas tirando a própria vida por não falarem para ninguém sobre isso.

Diego Hypolito é frequentador da igreja evangélica Bola de Neve e tem uma grande tatuagem de Jesus Cristo em seu braço. O atleta afirmou que, em sua cabeça, ser gay era coisa do demônio.

“Quando eu tinha uns dez anos, um treinador foi dizer para a minha mãe que ela devia mudar minha educação para que eu não virasse gay. Ela veio falar comigo, preocupada. Eu era muito inocente, nem sabia o que era isso. Mas isso me marcou”, contou o ginasta.

O atleta ainda afirmou que vai seguir com sua fé e que quem vai julgá-lo é Deus. Um dos medos de Diego em relação a sua sexualidade era falar abertamente sobre o tema e isso prejudicar sua carreira.

Na carreira, Diego conquistou dois títulos e três medalhas em Mundiais, além da medalha de prata nos Jogos do Rio, em 2016, quando ficou extremamente emocionado. O atleta havia vencido uma síndrome de pânico. A medalha o fez se transformar em exemplo de perserverança e superação.

 

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]