Em longo manifesto, atirador da Nova Zelândia se declara fascista e contra imigrantes

Em seu manifesto, Tarrant afirma que passou dois anos planejando o ataque e que sua intenção era "mostrar aos invasores [imigrantes] que nossas terras nunca serão as terras deles, enquanto um homem branco viver, e que eles nunca irão substituir nosso povo".

Brenton Tarrant era apenas um homem comum até transmitir seu próprio ato terrorista ao vivo para o mundo todo. Aos 28 anos, o homem era considerado por todos uma pessoa gentil e simples, ele trabalhava como personal trainer e fornecia aulas para crianças de forma gratuita.

Tudo isso, no entanto, escondia uma personalidade que ninguém imaginava. O australiano invadiu uma mesquisa na Nova Zelândia e matou 49 pessoas, além de outras dezenas de pessoas feridas, e transmitiu tudo pelo facebook.

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Na rede social, ele também publicou um manifesto de mais de 70 páginas onde se declarava fascista, etnonacionalista, contrário a imigrantes e aproveitava para ressaltar sua “herança” europeia.

“As origens da minha língua são europeias, minha cultura, minhas crenças filosóficas, minha identidade é europeia e, mais importante, meu sangue é europeu”, escreveu.

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No texto, ele ressalta sua ascendência escocesa, irlandesa e inglesa e diz ter vindo de uma família simples, de baixa renda. Tarrant se descreve como “um homem branco comum, de uma família comum”.


Em seu manifesto, Tarrant afirma que passou dois anos planejando o ataque e que sua intenção era “mostrar aos invasores [imigrantes] que nossas terras nunca serão as terras deles, enquanto um homem branco viver, e que eles nunca irão substituir nosso povo”.

Ele queria, segundo seu texto, desencorajar pessoas não europeias a migrar para países europeus e passar a mensagem de que “nenhum lugar é seguro”.

Brenton perdeu o pai para o câncer e então decidiu viajar o mundo com o dinheiro adquirido através do investimento em bitcoins. Tarranto passou cinco anos viajando pelo mundo, período em que amigos e familiares de sua terra natal acreditam que Tarrant se radicalizou.

No manifesto, o atirador afirma que estava na Nova Zelândia apenas temporariamente para decidir onde realizaria o ataque, até que decidiu que seria ali mesmo.

Embora tenha a venda de armas legalizada para maiores de 16 anos, a Nova Zelândia não costuma ser palco de massacres.

O último tiroteio que se teve notícia no país foi em 1990, quando uma briga de vizinhos resultou em uma tragédia. O atirador matou 13 pessoas, incluindo duas crianças, depois de um desentendimento.

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]