A violência que atinge as grandes cidades brasileiras não faz distinção das vítimas. Na segunda-feira (2) à tarde uma equipe de reportagem da Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo em Manaus, foi vítima de um assalto que teve até sequestro relâmpago.
O caso ocorreu na zona norte da cidade amazonense. Produtora, cinegrafista e apresentadora foram vítimas do crime. Os suspeitos renderam os três profissionais da Globo mais uma entrevistada que também estava no veículo. O carro em que eles estavam foi levado.
Mais do que isso: o cinegrafista foi feito refém pelos criminosos. Ele foi obrigado pelos suspeitos do crime a dirigir o carro até outro local dentro da capital amazonense. A produtora de jornalismo do canal, Camila Romero, de 30 anos, deu detalhes do ocorrido.
Segundo ela, a equipe tinha gravado um comercial institucional quando foi abordada pelos dois bandidos. Um deles vestia um uniforme escolar. Eles pediam calma e diziam que não queriam levar nada da equipe.
Neste momento, dentro do carro estava uma entrevistada, que mora no bairro onde eles estavam, e a apresentadora Natália Teodoro, que comanda o Jornal do Amazonas 2ª Edição. O cinegrafista se preparava para entrar no veículo. Camila afirmou que os dois assaltantes eram muito jovens. Provalmente, menores de 18 anos.
Natália e a entrevistada deixaram o veículo, mas o cinegrafista Fabrício Costa não. A cena foi de cinema: Fabrício saiu cantando pneu e o carro estava com porta-malas aberto. As três ficaram desesperadas ao ver a cena.
Camila contou que não teve dúvidas e ligou para a polícia naquele momento.
Fabrício deu sua versão do fato. Ela contou que os dois suspeitos pediram para que ele os deixasse na Grande Circular, avenida localizada na zona leste de Manaus. Ou seja, em lado ao aposto ao que ele estavam. O cinegrafista contou que ficou com muito medo e pensou que poderia morrer. “Sabia que estava sendo sequestrado”, disse ele, que afirmou ter ficado pensando na família a toda hora. Segundo ele, os suspeitos não queriam matá-lo nem roubá-lo. Ele percebeu isso no caminho.
Os dois jovens suspeitos disseram que queriam apenas sair da região onde estavam porque eram ameaçados de morte e poderiam morrer. O mais velho ficava engatilhando e desengatilhando a arma e eles disseram que fariam Fabrício de refém caso cruzassem a polícia.