Acusado de matar 49 pessoas e deixar 48 feridos em duas mesquitas, o jovem Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos de idade, foi acusado formalmente de homicídio na manhã deste sábado (16) em uma corte do Distrito de Christchurch, na Nova Zelândia. Ele é apontado como o responsável pelo tiroteio ocorrido na sexta-feira (15).
Algemado, descalço e acompanhado por dois policiais, ele permaneceu em silêncio durante toda a audiência, que não foi aberta ao público, mas olhou diversas vezes para os poucos jornalistas que receberam autorização para acompanhar o procedimento, e sorriu ao ser fotografado e filmado.
Vale lembrar também que o juiz determinou que todas as imagens mostrem seu rosto distorcido, para que ele não possa ser visualmente identificado.
Os alvos dos ataques foram as mesquitas de Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley, e de Linwood, que estava lotada com mais de 300 pessoas, reunidas para as tradicionais orações do meio-dia de sexta-feira.
Dos 49 mortos, 41 morreram na mesquita Masjid Al Noor, sete na Linwood e apenas um chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Entre os feridos, há crianças e adultos.
O governo informou que 12 dos feridos estão em estado grave e precisaram passar por cirurgias. O governo da Malásia afirmou que dois dos feridos são malaios.
O chefe do distrito de saúde de Canterbury, David Meates, disse à imprensa local que 87 pessoas com ferimentos foram ao hospital de Christchurch e que 20 delas têm ferimentos graves.
Ele disse que é cedo para saber se outras pessoas irão morrer por causa de seus ferimentos, mas que há alguns casos complexos.
Com uma câmera instalada em um capacete, o assassino conseguiu transmitir o massacre, ao vivo, pelo Facebook. O vídeo mostra que ele atirou indiscriminadamente contra homens, mulheres e crianças enquanto caminhava.
Segundo testemunhas, além do capacete no qual estava a câmera, o assassino usava óculos e um casaco de estilo militar. Ele foi descrito como branco, loiro, magro e de baixa estatura.
Nas redes sociais as contas do assassino no Facebook e no Instagram foram removidas. O Facebook afirmou que estava trabalhando para remover as cópias do vídeo.