Uma família está completamente destrocada, após perder os dois parentes, Sandro Eduardo Nascimento Silva e Claudio José Silva. Ambos de 46 e 57 anos, faleceram por suspeita de infeção do novo coronavírus, nesta última semana, Mas os familiares estão revoltados por falta de informações, do hospital onde ambos estiveram em cuidados.
Sandro, trabalha na área comercial de 46 anos, morreu na última semana após ter sido transferido do hospital onde estava internado em Nova Iguaçu, e foi levado para o Hospital Regional. O homem não chegou a ser submetido ao teste de Covid-19, ele teve a sua ficha clínica negada à família pela entidade hospitalar.
Claudio, funcionário de obras da localidade , de 57 anos, irmão de Sandro realizou o teste de Covid-19, ainda no decorrer da segunda-feira, no polo montado na área de residência para pacientes com a doença, dois dias após a sua morte, a família continua sem saber o resultado.
A única coisa que a família sabe, é que o motivo da morte de ambos são iguais: Insuficiência respiratória grave e pneumonia viral. Até ao momento o Covid-19 não foi mencionado. Segundo a filha de Claudio, Daiana Padilha Silva, 34 anos a família está muito apreensiva porque acham, que tem mais gente infecionada.
Devido a convivência com os irmãos, envolvendo cinco adultos e duas crianças, segundo Daiana os adultos já representam sinais do novo coronavírus. O seu irmão, inclusive ainda se deslocou ao hospital juntamente com o pai, já apresenta melhoras, mas continua a aguardar o resultado do teste.
“Ainda sobre o resultado, eles deram quarenta e oito horas , e disseram que nos telefonariam, mas até ao momento nada de respostas. Como os dois não estavam com o coronavírus, e estavam sendo tratados na ala de Covid? Eu não pude enterrar o meu pai, o caixão estava lacrado. Por isso não teve nem reconhecimento do corpo”, conta a filha.
A filha de Claudio fala ainda, que o pai procurou ajuda, no polo que estava a decorrer na área da residência, antes do seu quadro de saúde se agravar, na segunda-feira(6) ele foi orientado para regressar a casa. Então ele voltou ao Polo com febre alta na última segunda-feira (13), fez o teste mas teve que regressar a casa.
“Já no mesmo dia que o meu tio morreu, levamos o meu pai às onze horas ao hospital e só saímos à meia-noite onde o médico estava falando que os pulmões estariam limpos. Já na quarta-feira (15), ele teve uma piora dando entrada de novo no hospital às vinte e três horas.
Meu pai, era uma pessoa sem quaisquer problemas de saúde, e veio a falecer na sexta-feira ás vinte horas. Mas o mais revoltante em mim, é que não trataram da doença logo nos primeiros sinais. Eles morreram porque devido à demora de atendimento e testes, o caso se agravou, e fugiu de controle.
Eles só disseram para ir ao médico, no caso se estivessem com falta de ar, mas aí já foi tarde demais, acabando por se tornar óbito. Esse procedimento, está mantando o povo”, afirma Daiana.