“Fiz para educá-la”, diz padrasto que torturou enteada de apenas 13 anos

A menina ficou ferida da cabeça aos pés e precisou receber atendimento médico.

Um homem morador de Correia pinto no Planalto Serrano foi condenado por torturar com um pedaço de fio elétrico, um cabo de vassoura de metal e uma cinta a enteada de apenas 13 anos.

O padrasto da adolescente foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão inicialmente em regime aberto:

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“A vítima sofreu equimose na região dos olhos, contusão com edema na orelha, contusão com escoriações e edema nas costas, mamas, região lombar, glúteo, coxas, braços e pernas. As agressões, segundo a acusação feita pelo Ministério Público do Estado, “foram tão intensas que o cabo da vassoura quebrou”.

Os laudos revelaram que o padrasto da adolescente a segurou pelo pescoço e começou a agressão, durante o seu depoimento ele disse à polícia que talvez tenha exagerado um pouco: “Talvez eu tenha exagerado um pouco, mas fiz para educá-la”.

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De acordo com o processo o homem havia saído com sua mulher para participarem de um culto religioso, mas ele precisou voltar a casa porque havia esquecido sua carteira. Ao entrar no imóvel ele encontrou a enteada assistindo TV com um rapaz. O rapaz conseguiu fugir, mas a menina permaneceu na casa e foi agredida pelo padrasto. Depois das agressões ele voltou para o culto normalmente.
A adolescente então correu para casa de uma amiga em busca de ajuda e foi para o hospital tratar os ferimentos, a conselheira tutelar esteve no pronto-socorro e disse que adolescente estava muito machucada:

“Ela estava machucada desde o dedo do pé até a orelha, literalmente. Nunca tinha visto nenhuma situação tão grave.”

A mãe da adolescente disse a polícia ao prestar depoimento que nunca havia tido episódios de violência dentro de sua casa antes e que a relação da família era muito tranquila:

“Minha filha prometeu que não fará isso novamente, ela está bem arrependida em ter desobedecido a uma ordem (de não receber colegas da escola em casa) e quer pedir perdão para o padrasto, ela quer que voltemos a viver juntos novamente.”

O desembargador responsável pelo caso disse que as provas não deixam dúvidas de que houve um crime que configura tortura:

“Impossível seria supor que um indivíduo que agride incessantemente uma adolescente com tapas, cinta, fio elétrico de extensão e cabo de vassoura de metal até rompê-lo teria apenas se ‘excedido’ nos meios de correção educacional, sem almejar seu intenso sofrimento físico”,

 

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]