O Conselho Federal de Medicina, conhecido como CFM, esteve reunido com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, hoje (23 de abril) para discutir o uso do medicamento hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19, o novo coronavírus.
A discussão em torno da conhecida “Cloroquina” já circula há algum tempo e o uso do medicamento em pessoas que estão contaminadas por Covid-19 é fortemente defendido pelo Presidente da República.
Jair Bolsonaro, nesta reunião no Palácio do Planalto, ouviu do CFM que o medicamento, a cloroquina, não é indicada para o tratamento de Covid-19 e que eles não liberam seu uso para o tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.
No entanto, o CFM também afirmou que existem três casos específicos onde o medicamento pode ser utilizado, liberando os médicos do Brasil para receitarem a cloroquina quando:
1) Quando o paciente está em estado crítico e a família autoriza o uso do medicamento, como se fosse uma “última tentativa” de ajudar aquela pessoa.
2) Quando o paciente chega a um hospital com os sintomas causados pelo vírus e a família e o paciente autorizam a utilização do medicamento, em um momento de replicação viral.
3) Quando o paciente tiver sintomas leves, semelhantes ao de uma gripe comum, desde que o paciente esteja de acordo com o uso do medicamento e estejam descartadas as possibilidades de Influenza A e B e H1N1.
O uso de hidroxicloroquina vem sendo discutido pelo Ministério da Saúde há um tempo e também foi motivo de divergências e discordâncias entre Jair Bolsonaro e o ex-Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que descordava da utilização deste medicamento.
Atualmente a cloroquina é utilizada no tratamento da malária e o Presidente da República defende sua utilização no tratamento da Covid-19, alegando que seria a cura para a doença.
O presidente do CFM disse que essas três situações onde o uso do medicamento está autorizado é devido a pandemia e que se o momento fosse outro, possivelmente a liberação de cloroquina seria negada.
Existem estudos sobre eficácia e efeitos colaterais do medicamento em estudo atualmente e as certezas sobre sua eficácia no combate ao novo coronavírus ainda não é comprovada.
Via: g1.globo.com