A família afirma que levou 20 dias para ser informada sobre o falecimento de um paciente que eles tinham parentesco, no Hospital Getúlio Vargas. Segundo eles, a atendente chegou a informar, durante esse período, que o homem teria recebido alta, mais não foi informado horário e nem data da alta do paciente.
A família do aposentado Flávio Machado, de 51 anos, cobra uma explicação da Secretaria Estadual de Saúde e da Prefeitura do Estado do Rio de Janeiro sobre a morte dele, que desapareceu após o almoço de Páscoa, no dia 21 de abril, aonde foi atropelado e levado para o hospital.
Mais tarde, a família soube que Flávio almoçou na casa da mãe, e foi atropelado por uma motocicleta na Avenida Brasil. Ele foi levado para o Hospital Getúlio Vargas com um quadro de traumatismo craniano e veio a falecer dois dias depois, e a família não estava informada nem sobre o acidente e nem sobre o falecimento do aposentado.
Os familiares afirmou que, em momento algum o hospital fez contato para comunicar o ocorrido, mesmo ele portando documentos e o telefone celular, ‘irresponsabilidade e falta de organização do hospital’
Em busca de informações, a família de Flávio chegou a ir ao próprio Getúlio Vargas no dia 28 de abril, onde uma atendente informou que ele havia recebido alta e já tinha ido para casa. Sendo que ele já estava morto.
“Eles falaram que não tinha aparecido ninguém com esse nome aqui”, contou a irmã de Flávio.
Eles ainda voltaram à unidade de saúde no dia 1º de maio, em busca de mais informações sobre a possível alta, mas a atendente informou que não era possível dar informações detalhadas sobre o paciente. O Hospital foi alvo de buscas por uma terceira vez, dia 3 de maio.
Desesperados, o caso foi registrado na Delegacia de Descoberta de Paradeiros, onde foram orientados a procurar a delegacia da região. Lá, eles confirmaram que Flávio havia morrido após ser atropelado.
O corpo do aposentado foi encontrado no Instituto Médico-Legal, quando estava prestes a ser enterrado como indigente.
A unidade informou que ele não portava documentos. A mãe de Flávio diz que ele nunca saía de casa sem a carteira.