A tranquilidade da cidade de Uberaba, que está localizada na região do Triângulo Mineiro, foi quebrada por um episódio de violência brutal que reacendeu o debate sobre segurança e bem-estar emocional no ambiente escolar.
Na manhã desta última quinta-feira, dia 8 de maio de 2025, uma adolescente de 14 anos foi morta dentro da sala de aula em uma escola particular da cidade. O crime, cometido por um colega de classe da mesma idade, gerou comoção não apenas entre os alunos e professores, mas em toda a comunidade local.
A vítima fatal identidicada como Melissa Campos, foi atacada com golpes de tesoura durante uma aula no Colégio Livre Aprender, situado no bairro Universitário.
A agressão foi direcionada ao pescoço da jovem, e apesar dos primeiros socorros prestados por um professor com formação em medicina e do atendimento rápido do Samu, ela não resistiu aos ferimentos.
O autor do ataque fugiu logo após o crime, pulando o muro da escola, mas foi localizado horas depois pela Polícia Militar nas proximidades da AMG-2595, e apreendido sem oferecer resistência.
A tragédia mobilizou diversas autoridades e entidades. A Polícia Civil assumiu as investigações e já iniciou a análise de imagens das câmeras de segurança, além de colher depoimentos de testemunhas, alunos e funcionários da escola.
Informações preliminares não apontam, até o momento, para desentendimentos prévios entre os envolvidos. O corpo de Melissa foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Itamaraju para exames que devem esclarecer detalhes sobre a causa da morte.
Em resposta ao crime, a direção do colégio suspendeu as aulas por tempo indeterminado e anunciou a revisão imediata de seus protocolos de segurança. Medidas como o controle mais rigoroso dos objetos levados pelos alunos e o fortalecimento da equipe de apoio psicológico estão sendo adotadas.
A instituição também garantiu total colaboração com as autoridades, inclusive no fornecimento de imagens e registros internos. A prefeitura de Uberaba decretou luto oficial por três dias, e a prefeita Elisa Araújo reforçou o compromisso do município em ampliar as ações voltadas ao bem-estar emocional dos estudantes.
A Secretaria de Educação foi mobilizada para oferecer suporte à escola e às famílias afetadas. O caso reforça a urgência de discutir, de forma mais profunda, os impactos do sofrimento psíquico entre adolescentes, a prevenção da violência no ambiente escolar e a importância de políticas públicas voltadas à formação de vínculos e resolução pacífica de conflitos.
Transtornos emocionais não podem mais ser ignorados, e tragédias como essa exigem respostas firmes, humanas e estruturadas da sociedade. Não há informações sobre o velório e sepultamento da adolescente.