Laudo traz detalhes de como caseiro foi morto por onça no Pantanal

O caso ganhou enorme repercussão em todo o país.

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O ataque fatal de uma onça-pintada a um homem no Pantanal reacendeu discussões sobre o comportamento da fauna silvestre e os riscos associados ao convívio entre humanos e grandes predadores.

O incidente, que resultou na morte de Jorge Avalo, de 60 anos, aconteceu no final de abril e foi confirmado pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul. O laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi um choque neurogênico agudo, resultado de uma lesão perfuro-contundente na região da cabeça e coluna cervical, provocada pela mordida do animal.

O episódio é considerado extremamente raro, já que esse tipo de felino geralmente evita contato humano. Especialistas indicam que a captura da onça-pintada envolvida no ataque é fundamental para investigar as circunstâncias que levaram ao comportamento agressivo.

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As análises em andamento, incluindo laudos do local do ataque e exames de DNA, poderão oferecer uma compreensão mais detalhada do caso. O animal, um macho de 94 quilos, foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, em estado crítico.

Apresentava desidratação severa, problemas hepáticos e renais, e estava com peso muito abaixo do ideal. Desde sua chegada, no entanto, vem demonstrando sinais de recuperação e já está se alimentando normalmente e respirando sem dificuldades.

Dada essa evolução, sua transferência para um novo recinto está sendo planejada pelas autoridades ambientais. Entretanto, não se cogita que a onça volte ao habitat natural de onde foi capturada.

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Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, ela será encaminhada para uma instituição capacitada para manter animais silvestres em cativeiro, podendo integrar, futuramente, o Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada.

Este programa busca preservar a espécie em diferentes biomas do Brasil e entende que situações atípicas como esta precisam ser minuciosamente estudadas. Casos de ataques de onças-pintadas a humanos são raríssimos, uma vez que esses animais não veem pessoas como presas naturais.

O ocorrido reforça a necessidade de monitoramento contínuo da fauna e de políticas públicas que equilibrem a conservação ambiental com a segurança das comunidades locais.

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Fabiana Batista Stos
Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.

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