Um episódio de violência abalou a cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas, neste último sábado (7), envolvendo um oficial da Polícia Militar de Alagoas e sua própria família.
O major Pedro Silva invadiu a residência de sua ex-companheira e protagonizou uma sequência de atos inconsebíveis que terminaram em tragédia. Armado e em aparente surto psicótico, ele fez familiares reféns e assassinou o próprio filho de 10 anos e o cunhado.
De acordo com as informações repassadas pelas autoridades que atenderam a ocorrência a cena no local dos crimes era perturbadora:
“Temos elementos de criança amputada. A criança aparenta um ferimento de amputação. Há corte de cabelo. É um local extremamente horrível de ver. Está praticamente uma carnificina, onde um elemento em surto psicótico, de forma totalmente destemperada, toma refém a sua família.”
A Polícia Militar foi acionada inicialmente para intervir em um suposto homicídio, mas ao chegar ao local encontrou uma situação de crise envolvendo reféns.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi mobilizado para negociar com o major, que se recusava a dialogar com qualquer um, exceto com sua filha mais velha, de 32 anos.
Através dela, os agentes conseguiram libertar três pessoas: duas mulheres e uma criança de dois anos, também filhos do agressor. No entanto, o desfecho foi marcado por duas mortes.
As vítimas fatais, um menino e um homem adulto, apresentavam ferimentos severos, com indícios de mutilação e violência extrema. Autoridades que estiveram no local relataram uma cena de carnificina, reforçando a gravidade do ocorrido.
O próprio major foi morto durante a intervenção da equipe do Bope, encerrando a ameaça, mas deixando um cenário de profundo luto e perplexidade. Pedro Silva estava detido anteriormente na Academia de Polícia Militar por acusações relacionadas a violência doméstica.
A forma como ele deixou o local de custódia e obteve acesso à residência da ex-companheira está sendo investigada pela Polícia Civil, que também conduzirá os inquéritos sobre as mortes e a motivação por trás do surto violento.
O crime abalou profundamente a comunidade e levantou questões urgentes sobre segurança institucional e a capacidade do Estado em lidar com crises familiares envolvendo agentes armados.
A Secretaria de Segurança Pública garantiu que todos os envolvidos serão ouvidos, e medidas de assistência social estão sendo prestadas à família sobrevivente, atualmente sob cuidados no Hospital Geral do Estado, não há informações do atual estado de saúde das vítimas
O caso se soma a uma série de ocorrências que evidenciam a necessidade de atenção à saúde mental e ao comportamento de profissionais da segurança pública.