“Nós de baixa renda temos que lutar para conseguir ter pelo menos um arroz e feijão na mesa, agora imagina ter que comprar um livro sobre as matérias que vão cair no Enem”. Essa é a fala de Damares Alves dos Santos, de 18 anos de idade, que mora em Monte Belo, em São Paulo.
Agora que completou o ensino médio, esta prestes a realizar uma segunda tentativa para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A jovem relata sua preocupação com a data que o exame vai cair e com a falta de recursos para estudar e para realizar a prova. “Nem todo mundo tem acesso à educação, sabe? Não é assim tão fácil quanto dizem, infelizmente”.
Essa é uma dura realidade que milhões de brasileiros enfrentam na atualidade. Com a falta de recursos, e o acesso a educação limitada, a falta de senso do Ministério da Educação acaba prejudicando os jovens que não tem acesso nem a internet.
Como esta jovem, que esta isolada por causa dessa pandemia do novo covid-19, Damares relata a dificuldade que enfrenta diariamente para tentar conseguir a rotina de estudos. “Como uma menina de cor, moradora de uma favela, que não tem condição de pagar um cursinho, eu tinha um cronograma, mas essa situação da pandemia, acabou piorando tudo”.
A realização do Enem vem se tornando uma coisa polemica ao redor do país, devido a esta pandemia do coronavírus. Nas periferias de São Paulo, os estudantes que querem prestar o exame defendem o adiamento do mesmo, que esta marcado para o mês de novembro.
De acordo com o cronograma do governo, as inscrições para a realização da prova seguem abertas ate o dia 22 de maio. No ano de 2019, os estudantes de São Paulo representaram 16% dos inscritos no país. Foi o estado que teve mais inscritos para o Enem.
Via: agenciamural.org.br