Foram várias tentativas e mais de sete horas de resgate, mas infelizmente o maquinista Rodrigo Assunção, que ficou preso às ferragens de um dos trens que se chocaram na manhã desta quarta-feira, dia 27 de fevereiro, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro, não resistiu.
Os bombeiros fizeram de tudo, tentaram reanimar por quase 40 minutos, mas não teve jeito e ele não resistiu.
durante as horas que ficou preso entre as ferragens, o maquinista recebeu todos os cuidados e socorro necessários para preservar sua vida, ele então respirou através de um balão de oxigênio, foi mantido vivo com aplicação de soro e transfusão de sangue, os bombeiros e equipe medica conversavam o tempo todo com ele e obtinham respostas.
Foram mais de doze agentes trabalhando na operação de resgate das vitimas. Alguns usaram, ferramentas, maçaricos e outras ferramentas para tentar liberar espaço retirando peças das ferragens. Os outros, com mangueiras, resfriavam o trem e evitaram um possível incêndio.
Além de Rodrigo, outras oito pessoas se machucaram no incidente. Sete delas foram levados para o Hospital Souza Aguiar e já foram liberadas e um foi para o Salgado Filho, no Méier, onde segue internado, com quadro estável.
“Eu voei do banco. Fui parar no banco da frente. Achamos que tinha descarrilhado. Só que bateu um na traseira do outro. Acho que não foi pior porque só ando no último vagão”. Relata uma sobrevivente cristina Isabel.
“O trem ficou parado cinco minutos com problema na porta, a porta nunca fechava, ficava apitando e de repente o outro trem veio e bateu nele“, contou André Luís.
No Twitter oficial, a SuperVia publicou nota lamentando o acidente. “Lamentamos profundamente e estamos prestando todo o suporte para resolução o mais rápido possível”, escreveu a administração da empresa.
A assessoria da concessionária se pronunciou dizendo: “Equipes técnicas foram enviadas à estação para fazer o levantando do local do acidente. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada”, consta em nota.