A ex-sinaleira Cleomar Marques teve de amputar seus braços e pernas após uma possível Helicobacter pylori, uma bactéria que se aloja na mucosa do estômago. Cleomar também havia tido o diagnóstico de um problema na vesícula, mas nada fazia com que a dor que sentia passasse.
Foi quando Cleomar pediu para ser internada no hospital que os médicos tomaram a decisão de operar ela. Consequentemente, após a cirurgia Cleomar entrou em coma, pegou uma infecção e seus braços e pernas começaram a necrosar. Cleomar ainda estava em coma quando os médicos decidiram amputa-los.
Consoante ao estado que vive hoje, já entrou com três pedidos de ajuda para o INSS, que os rejeitou. Um deles foi recusado pelo fato de ela não poder assinar os papéis do documento.
Cleomar conta que a servidora olhou para ela e perguntou quem iria assinar, de prontidão ela respondeu que era incapaz por conta da amputação, mas que a filha ou a mãe poderiam assinar. Mas Cleomar afirma que a servidora disse não poder, e logo em seguida jogou o papel fora.
Apesar do primeiro não, Cleomar tentou mais uma vez. Ela queria um benefício assistencial para a pessoa portadora de deficiência, mas este também foi negado por conta de sua renda ser superior a ¼ do salário mínimo.
Já o último pedido feito foi negado também, e o INSS alegou “falta do período de carência”.
Cleomar afirma precisar de ajuda para sobreviver, ela mora com a sua filha que a ajuda na alimentação e higiene. Ambas estão sobrevivendo através de doações feitas por amigos.
“É um constrangimento para mim tudo isso”, conta Cleomar que antes podia trabalhar e ser independente.
O INSS conta que agora Cleomar poderá pedir por um novo benefício, e que atenderá e cuidará do caso pessoalmente junto da filha dela.
Via: g1.globo.com