Nesta última terça-feira (19), gestora de saúde pública Fabiani Bucker Santos, de 40 anos foi mais uma das profissionais de saúde a tomar a vacina contra o novo coronavírus. No momento ela falou como são as várias lembranças, dos últimos dez meses, antecipados contra o combate da doença.
Desde o momento de separação do filho até ao momento de acalmar os doentes nas unidades hospitalares, onde está na linha da frente. Ela incia falando que no momento que tomou a vacina, ela se recordou dos últimos dez meses de plantões.
Desde o dia vinte e três de março,quando aconteceu o primeiro confinamento, e desde que os pacientes tinham que ser intubados, ela conta que não sabiam se iam regressar, é um dia de cada vez.
Ela conta ainda, que a rotina de trabalho dos profissionais mudou muito, até ao momento que a doença, ainda era desconhecida, e se aproximou de quem trabalhava lado a lado. Ela conta ainda, que o medo de morrer era constante, confirmou ao G1, durante uma entrevista.
Ainda segundo a gestora, a maior parte dos colegas de trabalho, também ficaram infectados, e devido à gravidade dos casos, ela decidiu deixar o filho de seis anos por um tempo, com o seu ex-marido.
Ela conta que a situação começou a ficar cada vez mais grave, e no correr dos meses ela ficou cada vez mais desesperada, e devido ao medo, preferiu se afastar do filho. Ela conta ainda, que estudou bastante e também pesquisou bastante até saber lidar com os doentes, mas que agora finalmente ela está imune, e pode regressar a casa em paz, para ficar com a mãe e o filho.
Fabiani, conta ainda, que à dezasseis anos, que trabalha para a prefeitura, e que em nenhum momento ela teve a opção de não trabalhar. Ela ressalta ainda, que a doença é muito complicada, e mexe com todo o psicológico, e que principalmente porque viviam o desespero de muitos doentes.
Ela diz ainda,que há dois dias foi trabalhar e estava muito feliz, e que em nenhum momento não pensou em administrar a vacina. Ela disse ainda que confia muito no Butantã e no SUS.
Para finalizar, ela diz ainda que vai dar continuidade à sua missão, e destaca o quanto a vacina é importante para os pacientes. Ela destaca que confia muito senão nem estaria mais aqui.
O que ela viveu nos últimos dez meses, foi como se tivessem passado dez anos. E jamais poderia distinguir o segredo de quem estava com a doença ou não. Porque todos tinham medo, e todos tinham medo de morrer.
Foi então que ela disse mesmo que ela não tivesse, tinha que transmitir tranquilidade. Para finalizar, a gestora diz que agora vai trabalhar muito feliz.
Via: g1.globo.com