O pai de uma das adolescentes que sobreviveu ao massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), foi assassinado a tiros na última sexta-feira (15).
Maurício Martins dos Santos, de trinta e oito anos, trabalhava como segurança no Shopping Metrô Itaquera, situado na capital paulista, e havia saído mais cedo para levar a filha ao psicólogo.
A polícia informou Gustavo Santos da Silva, de 22 anos, Marcos Henrique Nakamura, de 24, e Wesley Lima, de 20, abordaram a vítima no estacionamento do centro de compras enquanto ele pegava a sua moto.
Eles roubaram o veículo de Maurício e atiraram. Ferido, foi encaminhado para uma unidade de saúde, porém não resistiu aos ferimentos. Os suspeitos tiveram prisão decretadas, mas ainda não foram encontrados.
Em nota enviada, o shopping falou que “transmite sua solidariedade aos familiares do prestador de serviço”, e que “colabora com as autoridades locais”.
Burger King vai dar lanche de graça a quem “queimar” anúncio do McDonald’s
Uma tática de comunicação que o Burger King vem ultilizando há pelo menos 3 anos nos Estados Unidos – a provocação ao seu principal concorrente, o McDonald’s – tinha realizado uma transição tímida no Brasil, pelo menos até agora.
A partir desta segunda-feira, 18, uma campanha do Burger King vai elevar o tom da estratégia em diversos volumes. A rede vai inaugurar, em seu aplicativo, uma ferramenta que vai permitir que os consumidores “queimem” anúncios do McDonald’s. Para quem participar, vão propor seu sanduíche principal, o Whopper, gratuitamente.
É uma aposta incerto, porque o mercado brasileiro é diferente do americano, onde é comum que as marcas se comparem diretamente às principais rivais.
A agência que criou a campanha fala que o BK sabe que pode haver retaliações: “Estamos com os advogados preparados”. Dizem que a ação tem mais um caráter de “zoação”, e não de ofensa.
A partir de segunda, a ferramenta ficará disponível para os oito milhões de pessoas que têm o app no celular. Para chamar as pessoas para a promoção, a rede de fast-food vai realizar campanhas em redes sociais e com influenciadores digitais.
Essas mídias de apoio vão servir para mostrar o que as pessoas têm de fazer para ganhar um Whopper. Bastará apontar o celular com o app aberto para qualquer anúncio do McDonald’s – incluindo desde campanhas em pontos de ônibus até cupons publicados no site da rival – para ver o anúncio ser “grelhado” virtualmente. Após feito isso, o cliente ganhará um cupom para pegar seu sanduíche.
Conforme o diretor de vendas e marketing do BK no Brasil, cerca de 700 lojas da rede estarão preparadas para distribuir os sanduíches grátis. A estimativa é que cerca de 500 mil sanduíches sejam distribuídos.
A promoção deve ficar apenas por alguns dias, mas vem movendo a equipe de comunicação da rede desde o início do ano. Grunkraut diz, no entanto, que, caso a demanda supere a expectativa, até 1 milhão de Whoppers poderão ser distribuídos.
Retaliações
O fato de a ação ser rápida – devendo durar, no máximo, uma semana – reduz as chances de que ela venha a ser tirada de circulação pelo Conar, órgão de autorregulamentação do setor publicitário.
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), Mário D’Andrea, diz que o Conar reage a uma denúncia de agência, empresa ou consumidor que tenham se sentido lesados por uma determinada campanha. “Mas é um processo que leva algum tempo para ser julgado.”
Fontes do mercado publicitário ouvidas na última semana disseram que, aos poucos, o brasileiro começa a ficar mais aberto para comparações diretas entre marcas.
Um dos defensores da mudança é o vice-presidente de marketing do Santander, Igor Puga. “Essa prática do mercado americano acaba sendo boa, porque o diálogo fica mais sincero”, falou, em entrevista ao um jornal.
Porém ressalvou que, por aqui, a estratégia traz riscos: “No Brasil, você não tem coragem nem de fazer uma sutileza porque vai ser condenado e precisará de pagar multas. Fica um politicamente correto às avessas, todos utilizam a prova da não agressão.”
No entanto, o McDonald’s tem evitado ingressar no jogo do Burger King (procurada para comentar a estratégia de comunicação que vem sendo usada pela concorrente, a rede não se pronunciou). De acordo com uma fonte do setor, a estratégia é correta: responder só daria “audiência” a uma rival de menor porte.