Pastor é condenado a 44 anos de prisão, por estrupo de adolescentes

O religioso foi acusados por 4 adolescentes de oferecer uma cura através de sexo

O pastor evangélico Pedro Jorge dos Santos Teixeira, 31 anos, acusado de estuprar quatro adolescentes que freqüentam sua igreja na zona leste de São Paulo, foi condenado terça-feira (14) a 44 anos, 10 meses e 28 dias de prisão, com um regime inicial fechado.

De acordo com o Ministério Público, os religiosos têm enganado os fiéis oferecendo “cura física e espiritual” aos que tiveram relações sexuais com ele e ao “anjo” que afirma ter-se incorporado a si próprio.

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O julgamento, que teve início a 8 de Janeiro no Fórum Penal da Barra Funda, no Ocidente, foi interrompido no mesmo dia e prosseguiu na terça-feira.

A juíza do caso é a Dra. Tatiane Moreira Lima. Em Janeiro, foram ouvidas três vítimas, três testemunhas e duas testemunhas de defesa. O julgamento foi adiado porque o advogado do arguido insistiu em ouvir uma testemunha de defesa que não compareceu.

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Pedro Jorge dos Santos Teixeira, fundador da Igreja Apostólica dos Mistérios de Deus em São Mateus, foi preso em setembro passado e negou esta acusação, declarando-se inocente.

De acordo com a queixa da Procuradoria-Geral da República, apresentada na sequência de investigações da polícia civil, os abusos foram cometidos entre 2014 e agosto de 2018, quando os jovens tinham entre 14 e 17 anos. O 49º Distrito de Polícia (PD), onde o caso foi registado, está a investigar se há mais vítimas.
Duas meninas e dois meninos acusam Pedro de inventar a história do anjo e até de ameaçá-los de morte para fazer sexo com ele. Eles disseram que o pastor estava fingindo receber o anjo Camael e prometendo uma troca: ele disse que a entidade lhes daria crescimento pessoal e satisfação se eles concordassem em fazer sexo.

Sexo com Cura

Um dos rapazes relatou dizendo que tinha sido abusado pelo líder religioso. “Peter disse que o anjo Camel [Camael] me mandou fazer sexo com ele para que minha loucura terminasse”, disse um estudante de 17 anos sobre o que o pastor lhe havia dito para acabar com seu vício. Mas ele não queria revelar qual era o problema.

“Ingénuo, confiei neste homem e acabei por cair na armadilha deste engano, desta mentira. E o abuso durou dois anos, de 14 a 16 anos”, continua a menina, a quem o diretor, sua avó, permitiu falar com o jornalista. A condição era que seu nome e rosto não fossem divulgados, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (SCA).

Antes de ir para a prisão, o pastor também gravou um vídeo para refutar as acusações dos adolescentes. O material foi distribuído em redes sociais. “Quero dizer a toda a sociedade que vou provar a minha inocência em tribunal. Dizendo que fui vítima de uma armadilha”, disse Pedro em um filme rodado em 21 de setembro, momentos antes de se render à polícia.

A juíza Tatiane Moreira Lima, de Violência contra Crianças, Idosos, Pessoas com Deficiência e o Sector Interno de Tráfico de Pessoas (SANCTVS), aceitou a queixa

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]