Paulo Coelho fala sobre críticas a Bolsonaro, e declara: “é compromisso histórico”

Escritor concedeu uma entrevista para a BBC News em sua casa em Genebra

Tudo a respeito do escritor Paulo Coelho é singular, como por exemplo o fato de que no banheiro de visitas do escritor, está exposto um quadro assinado por Andy Warhol, além do elevador de vidro que leva da sala de estar para o enorme terraço sob os Alpes suíços.

Além disso, o escritor conta com mais de 325 milhões de livros vendidos ao longo de sua carreira e um bilhão de leitores que estão espalhados pelos 150 países onde o escritor é lido, atingindo o recorde de escritor vivo mais traduzido do mundo. Ele ainda acumula 50 milhões de seguidores em suas redes sociais.

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O escritor além de tudo acumula também histórias, inclusive a respeito de ter sido torturado durante três meses em 1974, no período da ditadura no Brasil. E por isso, ele atualmente não abre mão de criticar arduamente o governo do Brasil.

Em seu apartamento em Genebra, Coelho aproveitou para poder falar um pouco mais a respeito do seu pensamento sobre o atual presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Em sua declaração feita ao BBC News Brasil, ele disse que acredita que estas críticas feitas ao presidente é parte de um cumprimento de compromisso histórico para ele.

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Paulo Coelho declarou que ao se opor ao governo desta forma fazendo criticas e não ficando calado, ele está cumprindo com seu compromisso histórico. E que ele precisa falar a respeito. Ainda ressaltou que provavelmente acabará perdendo leitores por isso, mas que não irá contabilizar a respeito disso.

Em algumas de suas obras como o meu recente Hippie, de 2018 e também em o Aleph, de 2010, o autor ressalta muito através de um alerta que ele faz em sua publicação dizendo que o passado pode acabar destruindo o presente.

Exatamente por isso, durante a entrevista o escritor resolveu relembrar os momentos que viveu durante a ditadura onde foi espancado, teve seus genitais presos a eletrodos, e também acabou sendo trancado nu em uma sala gelada por agentes da ditadura.

Durante mais de uma hora de conversa, o autor ainda discutiu a respeito de pontos como o seu rompimento com o PT, e também a respeito de sua desilusão com o comunismo, que segundo Paulo é cinza e triste.

O escritor também aproveitou para falar um pouco mais a respeito de sua experiência a caminho de Santiago de Compostela, que classificou dizendo que o que importa mais é a jornada, e fez questão de dizer que isso é algo que é válido tanto para a religião como para a política.

Ao longo da entrevista o escritor aproveitou para dar opinião a respeito de algumas figuras publicas como os ministros Ernesto Araújo e Sergio Moro, papa Francisco, Olavo de Carvalho, Felipe Neto e Romero Britto. Recentemente o autor inclusive ofereceu apoio ao Youtuber Felipe Neto após ataques sofridos por ele.

 

Escrito por Redator News Hero

Sou especialista em notícias da TV, fofocas de famosos e acontecimentos em geral. Também escrevo sobre acontecimentos no meio político.