Quais são os 70 países que ainda criminalizam LGBTQ+s ao redor do mundo contrariando avanço de direitos sociais e civis

Segundo o levantamento anual sobre homofobia de 2019, 70 países ainda criminalizam a comunidade LGBT de alguma forma. O levantamento foi produzido pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Transexuais e Intersexuais e conta com participação de contribuintes de diversos lugares do mundo.

Por décadas a comunidade LGBTQ+ tem lutado incansavelmente em busca de direitos ao redor do mundo. Cada grupo organizado, em seu próprio país, tem feito pressão sobre governos em busca de direitos. A luta, no entanto, é tão forte que grupos de países distintos cooperam entre si, demostrando apoio.

Atualmente, países desenvolvidos (como boa parte da Europa, Estados Unidos, Canadá e outros) já criaram leis para tornar mais igualitária a vida de pessoas homossexuais ou transexuais. Mas ainda há um longo caminho, embora muitos países tenham aderido a causa e descriminalizado as relações LGBT+.

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É interessante notar que, embora todos caibam dentro do arco-íris, cada luta tem sua própria particularidade e enquanto alguns alcançam direitos, outros ainda correm para isso. Homossexuais (lésbicas e gays) tem tido mais aceitação do que pessoas transexuais, por exemplo; enquanto lésbicas ainda correm atrás de garantias sociais que homens gays já conquistaram.

Segundo o levantamento anual sobre homofobia de 2019, 70 países ainda criminalizam a comunidade LGBT de alguma forma. O levantamento foi produzido pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Transexuais e Intersexuais e conta com participação de contribuintes de diversos lugares do mundo.

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Na África, 33 países ainda criminalizam LGBTQ+s, são eles: Argelia, Botswana, Burundi, Camarões, Chade, Comores, Eritreia, Suazilândia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Quênia, Libéria, Líbia, Malauí, Mauritânia, Ilhas Maurício, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Senegal, Serra Leão, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

Nas Ilhas Caribenhas, localizadas grande parte na América Central, são Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, São Cristovão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas. Esses 9 países ainda criminalizam, de alguma maneira, a relação entre pessoas do mesmo sexo ou a transexualidade/não-binarismo.

Na Ásia, o número sobe para 20, sendo eles: Afeganistâo, Bangladesh, Butão, Brunei, Irã, Kuwait, Líbano, Malásia, Maldivas, Myanmar, Omã, Paquistão, Quatar, Arábia Saudita, Singapura, Siri Lanka Síria, Turcomenistão, Emirados Árabes Unidos, Uzbesquitão e Iêmen.

Na Oceania, 7 países ainda não oferecem igualdade de diretos para pessoas LGBTQ+, sendo eles: Quiribati, Papua Nova Guiné, Samoa, Ilhas Cook, Ilhas Salomão, Tonga e Tuvalu. O levantamento ainda trás Egito e Iraque como dois países que, embora não possuem leis explícitas contra LGBTs, praticam punições rígidas contra pessoas “denunciadas” ou pegas em “flagrante”.

O levantamento, no entanto, também destaca alguns fatos positivos. Por exemplo, nos últimos 18 meses, Angola, Trindade e Tobago, Botswana e India aboliram leis que criminalizavam a homossexualidade. São passos muito lentos, mas que evidenciam progresso de alguma forma.

Na contramão do progresso, países como Irã, Arábia Saudita, Sudão, Iemen e alguns estados da Nigéria e Somalia ainda podem punir LGBTQ+s com a morte em caso de denuncia, flagrante ou condenação por práticas homossexuais. Os dados serviram de alerta para muitas organizações ao redor do mundo.

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]