Casos de feminicídio seguem alarmando o Brasil, com registros constantes que evidenciam a violência doméstica como um problema estrutural e persistente. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas no país.
Esse cenário de vulnerabilidade atinge especialmente mulheres jovens, em relacionamentos abusivos, muitas vezes marcados por histórico de violência e envolvimento em ambientes de risco.
Na manhã desta quinta-feira (1º), a cidade de Jaraguá do Sul, que está localizada na região Norte do estado de Santa Catarina, foi palco de um episódio trágico. Inara Karina Tribess, de 25 anos, foi encontrada sem vida dentro de casa por sua mãe.
A mulher, de 44 anos, havia sido alertada de que sua filha havia sofrido agressões por parte do companheiro, um homem de 26 anos. Imediatamente após receber a informação, ela acionou a Polícia Militar e se dirigiu à residência da filha, no bairro Jaraguá 99.
Ao chegar ao local, foi a primeira a encontrar a jovem inconsciente, com evidentes sinais de estrangulamento. Os policiais confirmaram a morte da vítima logo depois.
As autoridades estimam que o crime tenha acontecido por volta das 5h da manhã, embora o corpo tenha sido encontrado mais de três horas depois, às 8h16. O principal suspeito do crime, o companheiro de Inara, fugiu em um carro modelo GM Astra.
Câmeras de monitoramento registraram o veículo passando pela BR-101, na região de Barra Velha. Até o momento, ele continua foragido. A polícia informou que o homem é natural de São Paulo e possui antecedentes criminais por tráfico de drogas.
A vítima também estaria envolvida com atividades ilícitas relacionadas ao tráfico. O velório de Inara teve início nesta última quinta-feira (1º) com a cerimônia de cremação marcada para a manhã desta sexta-feira (2).
O caso reforça a urgência de ações efetivas no combate à violência contra a mulher e na criação de redes de apoio mais robustas para vítimas em situação de risco.