A queda de um balão de ar quente em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, no sábado, dia 21 de junho, deixou o país em choque. O acidente tirou a vida de oito pessoas e deixou marcas profundas nas famílias e nos sobreviventes.
O que era para ser um passeio memorável, com céu limpo e nascer do sol deslumbrante, terminou de forma inesperada e trágica. Entre os que escaparam, Fernando Veronesi, um dos sobreviventes, relatou detalhes que levantam dúvidas sobre a segurança da operação.
Em entrevista, Fernando contou que desde os preparativos algo parecia fora do normal. Os passageiros foram divididos em compartimentos dentro do cesto por pulseiras coloridas, e tudo transcorreu com entusiasmo até o momento da decolagem.
A primeira tentativa de lançamento, em um terreno específico, foi descartada pelo piloto devido às condições de vento e obstáculos no local. O grupo foi então levado a um segundo ponto, onde Fernando percebeu os primeiros sinais de que algo estava errado.
“Outros balões já estavam no céu, mas o nosso demorava a inflar”, disse ele. O balão apresentou dificuldades para ganhar forma, e chegou a arrastar o veículo que o mantinha preso ao solo. Apesar disso, os passageiros foram convidados a embarcar.
Fernando descreveu que, assim que todos estavam posicionados, o balão subiu de forma abrupta. “Parecia que ninguém estava no controle. Ele só subiu, e rápido demais”, relatou. Pouco depois, as chamas começaram. Veja vídeo:
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Ele e a namorada conseguiram saltar ainda em baixa altitude o que salvou suas vidas. Muitos outros, infelizmente, não tiveram a mesma chance. O depoimento de Fernando será peça-chave nas investigações em andamento.
As autoridades seguem apurando se houve falhas no procedimento da empresa responsável. Enquanto isso, o país acompanha com atenção cada novo detalhe sobre o episódio que transformou um amanhecer de alegria em um dia de dor.