SUS passa a oferecer vacina para crianças contra meningite

Portaria foi divulgada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6); neto do ex-presidente Lula morreu na última sexta (1º) vítima da doença

O SUS (Sistema Único de Saúde) passa a oferecer vacina contra meningite e pneumonia para crianças de todo o Brasil. O governo Federal publicou nesta quarta-feira (6) uma portaria no DOU (Diário Oficial da Nação) em que pacientes de risco acima de cinco anos têm direito à vacina.

“Fica incorporada a vacina pneumocócica conjugada 13-valente contra doenças pneumocócicas em pacientes de alto risco acima de 5 anos de idade nos Centros de Referência Imunobiológicos Especiais – CRIE (vivendo com HIV/AIDS, oncológicos, transplantados de médula óssea e de órgãos sólidos), no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS”, diz a publicação. Ainda segundo o DOU, o prazo máximo para efetivar a oferta ao SUS é de 180 dias.

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De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacina pneumocócica 13-valente (conjugada) “é indicada para proteção de crianças entre 6 semanas e 6 anos de idade, contra os sorotipos (1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F) da bactéria chamada Streptococcus pneumoniae, causadora de doenças pneumocócicas, como meningite (infecção da membrana que recobre o sistema nervoso central), sepse (infecção e falência de múltiplos órgãos), bacteremia (infecção na corrente sanguínea), pneumonia (infecção dos pulmões) e otite média (infecção dos ouvidos).”

A vacina faz com que o organismo crie anticorpos contra a doença, fazendo com que as crianças fiquem protegidas. Ainda de acordo com Anvisa, o uso é contraindicado para crianças alérgicas a qualquer dos componentes da vacina.

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Crianças são as principais vítimas da meningite meningocócica. Na última sexta-feira (1º), o neto do ex-presidente Lula, Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, morreu em decorrência da doença.

Cientistas apontam 2º paciente com HIV curado após transplante

Cientistas consideram que um londrino, que está em remissão do HIV há um ano e meio, é o segundo paciente no mundo com o vírus a ser curado, 12 anos depois do primeiro, segundo veículos de imprensa dos Estados Unidos.

Divulgado na segunda-feira (4) pela revista britânica Nature, o caso é “prematuro demais” para se declarar oficialmente curado, mas os especialistas falam abertamente de “cura” em entrevistas, após um ano e meio sem tomar medicamentos anti-HIV, segundo o jornal The New York Times.

O HIV do “Paciente de Londres”, que permanece em anonimato, começou sua remissão como consequência de um transplante de medula óssea cujo objetivo era tratar o câncer que também sofria.

O caso é quase idêntico ao de Timothy Brown, conhecido nos meios médicos como “Paciente de Berlim”, que em 2007 foi o primeiro paciente declarado curado do HIV.

Nos dois casos, as cédulas ósseas que receberam vieram de doadores com um gene CCR5 disfuncional. Outros pacientes de HIV que receberam transplantes de cédulas com o gene CCR5 funcional, tiveram melhora e ficaram meses sem medicação, mas o vírus retornou.

A cura desse segundo paciente seria de vital importância, já que o “Paciente de Berlim” deixaria de ser mais um caso isolado.
“Ninguém duvidava da veracidade sobre o ‘Paciente de Berlim’, mas era um só paciente. E qual das muitas coisas que foram feitas contribuíram para a aparente cura? Não estava claro que se pudesse repetir”, disse ao jornal The Washington Post, o chefe do setor de doenças infecciosas do Hospital Brigham and Women’s, de Boston, Daniel Kuritzkes.

Embora seja improvável que os transplantes de medula óssea sejam estabelecidos como tratamento para o HIV por causa do risco que carregam, células imunes semelhantes poderiam ser usadas, dizem os especialistas.

“Isso motivará as pessoas de que a cura não é um sonho. É alcançável”, disse ao NYT a médica Annemarie Wensing, virologista do Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.

Em declarações ao jornal nova-iorquino, o “Paciente de Londres” considerou “surreal” e “arrasador” que um apenas transplante tenha lhe curado do câncer e HIV.

“Sinto-me responsável por ajudar os médicos a entender como isso aconteceu para que eles possam desenvolver a ciência”, afirmou. “Eu nunca pensei que haveria uma cura durante a minha vida”, acrescentou.

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]