Suspeito de engravidar cunhada de 11 anos falou para menina não se preocupar por ter ‘útero pequeno’, diz polícia

Vítima teve o filho há cerca de oito meses em Jundiaí. Justiça decretou a prisão preventiva a pedido da Polícia Civil.

O servente de 39 anos suspeito de engravidar a cunhada quando ela tinha onze anos, em Jundiaí (SP), chegou a dizer para a menina não se preocupar pois “ela tinha o útero pequeno”. O relato foi feito pela vítima à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que também contou que ele não teria usado preservativo.

Investigadores da DDM e guardas municipais o prenderam depois que a Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva. Ele foi situado no Jardim Novo Horizonte, na segunda-feira (11). A menina, hoje com 12 anos, já teve o filho, que está com aproximadamente oito meses de vida.

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De acordo com a delegada, o servente de pedreiro, que não possuirá identidade mostrada para não identificar a criança, foi detido em casa.

Ainda de acordo com a polícia, a vítima está em um abrigo. Já o filho dela está sob cuidados médicos. O rapaz revelou os atos com a menina em depoimento à polícia.

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O caso foi lançado como estupro de vulnerável e o servente pode pegar até 15 anos de prisão. Os abusos ocorriam na casa da irmã da vítima, com quem a menina também morou com o cunhado.

O caso chegou à polícia depois que a irmã da menina pegou o marido tocando a vítima, a levou para o hospital e a unidade comunicou à polícia.

   Confira as linhas de investigações da execução de Marielle e Anderson

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos, a caminho de casa, após deixar um evento na Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, na Lapa, no dia 14 de março de 2018. Uma assessora da parlamentar também estava no carro, contudo sobreviveu.

     Siciliano e Curicica

A primeira linha de investigação apresentada sobre o crime implica o miliciano Orlando de Curicica, que já estava preso na data do crime, e o vereador Marcello Siciliano (PHS). O jornal O Globo divulgou em maio de 2018 o teor do depoimento de um ex-policial que implicava o vereador.

O delator já teria trabalhado como segurança de Orlando. Ele falou à Polícia Civil que os dois seriam companheiros em atividade criminosa e que Marielle estaria atrapalhando seus negócios na região.

Os dois negam as acusações. O assessor do vereador Alexandre Pereira, o Alexandre Cabeça, morto em oito de abril, teria sido alvo de queima de arquivo, de acordo com este homem. Este ano, o vereador chegou a solicitar a federalização do caso.  

     Escritório do Crime

Outra linha investiga o envolvimento do Escritório do Crime, grupo de pistoleiros milicianos, que atua no Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio.

Em janeiro, o ex-Bope Adriano, foragido, foi alvo de mandado, além de Ronald Paulo Alves Pereira e o subtentente reformado Maurício Silva da Costa.

     Membros do TCE

Uma investigação paralela à da Polícia Civil investiga esquema para criar provas e identificar suspeitas sobre várias pessoas para atrapalhar a elucidação do caso.

No dia 21 de fevereiro, a Polícia Federal concretizou uma operação que mirou um delegado da própria PF e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão. Esta linha presume que Siciliano e Curicica foram usados para confundir a investigação.

Em agosto de 2018, o deputado Marcelo Freixo (Psol) cobrou em entrevista à TV Globo que a Divisão de Homicídios investigasse a possível participação de três deputados do MDB envolvidos na Lava Jato: Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Os três negam a participação.

O motivo foi a denúncia que o deputado estadual fez em 2017 que impediu a posse do colega Edson Albertassi no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o que dificultaria a investigação do grupo. De acordo com Freixo, sua ação para impedir a posse do deputado seria capaz de ter provocado raiva e ódio contra ele e seu grupo político, inclusive Marielle.

 

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]