Suspeito de estuprar jovem em Itaquaquecetuba era amigo de infância da vítima

Garota de 18 anos afirma que ele usou um cutelo para obrigá-la a ter relações sexuais com ele e a enforcou.

Um homem de 20 anos foi preso depois de estuprar uma jovem de 18 anos na casa onde ela mora com os pais em Itaquaquecetuba.

Segundo a Polícia Militar, o rapaz era vizinho e conhecia a vítima desde criança.

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A Polícia Militar informou que durante a manhã de sábado (9), o rapaz pulou a janela da casa da jovem e a surpreendeu enquanto ela dormia.

A garota contou aos policiais que ele usou um cutelo para ameaçá-la. Depois a agrediu, enforcando até ela perder os sentidos.

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Quando a vítima retomou a consciência, o homem a obrigou a ter relações sexuais com ele.

Quando o pai da jovem chegou em casa, o homem se assustou e fugiu. A PM informou que ele ficou na rua da casa da vítima, sendo detido em seguida.

Segundo a polícia, o homem afirmou que estava drogado no momento do estupro.

A jovem foi encaminhada ao pronto-socorro e o suspeito foi levado para delegacia central da cidade.

Violência contra mulher: depois de cônjuge, vizinho é principal agressor

Especialista afirma que mulheres não têm local de segurança – Ramon Bitencourt/Estadão Conteúdo

O estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, intitulado “Visível e Invisível — A vitimização de Mulheres no Brasil”, indica que, depois dos companheiros, cônjuges ou namorados, são os vizinhos os principais agressores de mulheres no Brasil.

O grupo corresponde a 21,1% dos perfis indicados pelo estudo. Isto quer dizer que uma a cada cinco mulheres ouvidas na pesquisa afirma ter sido agredida por vizinhos. Este número supera, inclusive, o perfil de ex-cônjuges, ex-companheiros ou ex-namorados, com 15,2%.

Conselheira federal da OAB, Alice Bianchini destaca que, nos casos de agressões de vizinhos, as crianças e adolescentes — perfis mais vulneráveis — compõem a maioria das vítimas. “Normalmente, não veem um vizinho como ameaça. É uma situação delicada. Por ser alguém que está perto, há uma confiança”, diz a advogada.

Nós, mulheres, não temos um local de segurança, afirma Soraia Mendes.

Por essa razão, comenta Alice, “é importantíssimo conversar, sempre, para que elas (crianças e adolescente) possam delatar tudo aos pais. Muito provavelmente a família não sabe o que está acontecendo”.

Escrito por Pedro Machado

Apaixonado por marketing digital, colunista em diversos sites e páginas do facebook. Trabalhando como redator autônomo há mais de 5 anos. Contato: [email protected]