Um forte temporal atingiu a cidade de São Paulo na tarde de quarta-feira, resultando na queda de 330 árvores e causando diversos transtornos. A Zona Oeste foi a mais afetada, com registros de ventos de até 60 km/h, deixando um rastro de destruição.
De acordo com a concessionária responsável pelo fornecimento de energia, mais de 74 mil imóveis ainda estavam sem eletricidade na manhã desta quinta-feira, enquanto 173 mil clientes chegaram a ficar no escuro após a tempestade.
O impacto das chuvas levou a cidade a entrar em estado de atenção para alagamentos, conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas. As consequências foram sentidas em diversas áreas, com queda de árvores sobre vias públicas, veículos e fiação elétrica.
Um dos incidentes mais graves ocorreu na Avenida Senador Queirós, no Centro, onde um taxista de 43 anos perdeu a vida após uma árvore cair sobre seu carro enquanto transportava dois passageiros chineses. O momento do acidente foi registrado por câmeras de segurança, evidenciando a força dos ventos.
Além disso, a tempestade provocou ferimentos em outras pessoas. Na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, uma árvore atingiu dois veículos, deixando três feridos.
Ainda na mesma região, parte do teto de um restaurante cedeu devido à força da chuva. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, no bairro de Higienópolis, suspendeu suas atividades na noite de quarta-feira e na manhã seguinte devido à queda de galhos em um de seus prédios.
O Colégio Mackenzie também interrompeu as aulas temporariamente. A região da Sé foi uma das mais prejudicadas, registrando a queda de 106 árvores, o que corresponde a 32% do total contabilizado pela prefeitura.
O maior número de ocorrências, no entanto, foi registrado na Subprefeitura do Butantã, onde 110 árvores caíram. Em Pinheiros, foram contabilizadas 95 quedas, enquanto a Lapa teve 19 registros.
Entre as perdas causadas pelo temporal está uma árvore histórica da cidade. O chichá de aproximadamente 200 anos e 30 metros de altura, localizado no Largo do Arouche, não resistiu aos ventos fortes e tombou.
A espécie, nativa da Mata Atlântica e utilizada em projetos de reflorestamento, fazia parte da paisagem da região central. Os efeitos da tempestade também incluíram relatos de chuva de granizo em bairros da Zona Oeste e do Centro.
O cenário deixado pelas chuvas foi de destruição, com árvores caídas sobre veículos, calçadas e praças. Equipes da prefeitura seguem trabalhando para remover os escombros e normalizar a situação na cidade.