O Vaticano revelou nesta sexta, dia 25 de abril um dos momentos mais simbólicos e solenes das cerimônias fúnebres do Papa Francisco: a inclusão do rogito, um documento especial, dentro do caixão que guarda seus restos mortais.
Esse pergaminho, tradicional em sepultamentos papais, descreve detalhadamente a vida, os feitos e o legado espiritual de Jorge Mario Bergoglio, o 266º pontífice da Igreja Católica. Comovente, o texto foi colocado junto ao corpo do papa durante a cerimônia de fechamento do caixão na Basílica de São Pedro, a portas fechadas, selando não apenas o túmulo, mas também uma era de profundas transformações na Igreja.
O documento começa relembrando o nascimento de Francisco em Buenos Aires, em 1936, filho de imigrantes italianos, e sua formação como técnico químico antes de optar pela vida religiosa. Destaca sua entrada na Companhia de Jesus, sua ordenação sacerdotal e a atuação como arcebispo de Buenos Aires, sempre próximo do povo, andando de metrô e preparando sua própria comida.
Mais do que um relato biográfico, o rogito é uma homenagem à simplicidade e à coragem pastoral de um papa que escolheu viver na Casa Santa Marta em vez dos aposentos papais, que celebrou missas em prisões e que instituiu jornadas dedicadas aos pobres, avós e crianças.
O texto também sublinha sua postura firme diante de conflitos mundiais e sua incansável defesa da paz em regiões como a Ucrânia, a Palestina e o Líbano. Francisco será lembrado por sua atuação vigorosa na reforma da Cúria Romana, pela publicação de quatro encíclicas importantes — como Laudato si’ e Fratelli tutti — e por ampliar o colégio cardinalício, com representatividade inédita. Veja na íntegra o texto: Clique aqui para ver.
Seu legado é descrito como um testemunho “de humanidade, de vida santa e de paternidade universal”. O sepultamento do Papa Francisco acontecerá neste sábado, dia 26 de abril, na Basílica Santa Maria Maggiori
