Um inquérito instaurado pela Polícia Civil recentemente apuro as denúncias de maus tratos aos alunos de uma creche no bairro Água Verde, em Curitiba.
Após a apuração, a proprietária da instituição foi indicada pelo crime de tortura-castigo.
De acordo com as investigações, Jussara Pazim, 64 anos, diretora e dona da Cimdy Educação Infantil, agrediafísica e psicologicamente as crianças que frequentavam a creche.
A delegada Ellen Victer, uma das responsáveis pela investigação do caso, ressaltou que o crime de tortura-castigo se aplicado quando a agressão se dá de maneira física e psicológica.
Victertambém relatou que Jussara forçava as crianças a comer e, quando elas não conseguiam mais e vomitavam, a mulher as forçava a comer o próprio vômito.
A delegada também relatou que a diretora da Cimdy batia nas crianças e, por vezes, deixava-as trancadas no banheiro durante horas.
“Tortura-castigo é caracterizada física e psicologicamente. Não é só agredir, chacoalhar as crianças… foi verificado que ela forçava as crianças a comer, as crianças vomitavam na comida e ela forçava a comer com o próprio vômito.
Ela fazia fila no banheiro para dar palmada, deixava as crianças sentadas no banheiro por horas”, conta a delegada Ellen Victer, uma das responsáveis pela investigação.
Durante o seu processo de defesa, Jussara alegou ter uma postura firme no que tange à educação.
Entretanto, para Ellen Victer os métodos da diretora são excessivos, de modo que ela parece confundir educação com agressão.
Alguns vídeos do circuito interno da escola registraram as agressões praticadas por Jussara e já estão nas mãos da polícia.
Funcionários temiam Jussara
Durante a apuração dos fatos, alguns funcionários da Cimdy também foram ouvidos. Na ocasião, eles relataram temer sofrer represálias de Jussara caso denunciassem os maus tratos.
De acordo com as pessoas ouvidas durante o inquérito, a diretora sempre ressaltava que não surtiria efeito denuncia-la, uma vez que ela conhecia os delegados e nada aconteceria com ela.
Atualmente, o inquérito está em poder do Ministério Público do Paraná (MPPR), que será o responsável por denunciar Jussara à Justiça.
Em nota enviada à imprensa a Cimdyafirma que a denúncia contra Jussara não é definidora da conduta da escola como um todo.
Na última nota enviada à imprensa, a escola afirma que a denúncia não define a conduta e a atuação da escola. A nota também coloca os responsáveis pela escola à disposição da Justiça para a prestação de esclarecimentos.