VÍDEO: Pesquisadores flagram rato fazendo ‘ressuscitação’ boca a boca na tentativa de salvar companheiro

As imagens viralizaram nas redes sociais.

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Pesquisadores registraram um comportamento surpreendente entre ratos, que demonstraram a capacidade de prestar assistência a companheiros desacordados. A descoberta sugere que o instinto de cuidado pode ser mais difundido entre os animais do que se imaginava.

O estudo foi publicado recentemente na revista Science, um dos periódicos científicos mais prestigiados, e revelou que os animais testaram diferentes formas de reanimação até conseguirem despertar um rato sedado.

Durante os experimentos, dois ratos foram colocados juntos em uma gaiola, sendo que um deles foi submetido a sedação. Assim que o outro percebeu que seu companheiro estava inconsciente, iniciou uma série de tentativas para reanimá-lo.

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Primeiro, desferiu pequenas patadas; em seguida, recorreu a mordidas; depois, puxou a língua do colega na tentativa de desobstruir suas vias aéreas e facilitar a respiração.

Em uma variação do teste, os cientistas introduziram uma bolha de plástico na boca do animal sedado, e o rato socorrista foi capaz de remover o objeto, permitindo que o outro voltasse a respirar.

Os especialistas explicam que esse comportamento não se trata de uma técnica de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), mas sim de uma resposta instintiva semelhante a métodos rudimentares de primeiros socorros, como o uso de odores fortes ou pequenos estímulos físicos para despertar alguém.

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A análise da atividade cerebral do rato que prestava socorro revelou que neurônios responsáveis pela liberação de ocitocina, localizados na amígdala e no hipotálamo, estavam ativos durante a ação.

Esse hormônio é conhecido por estar relacionado a comportamentos de cuidado em várias espécies de vertebrados. Outro aspecto interessante destacado pelos pesquisadores é que esse comportamento de auxílio parece ser inato e não aprendido.

Isso se deve ao fato de que os ratos utilizados no experimento tinham entre dois e três meses de idade e nunca haviam presenciado um ato semelhante antes. Isso reforça a hipótese de que o instinto de prestar socorro pode estar presente em um número maior de espécies do que se acreditava anteriormente.

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Casos de ajuda entre membros de uma mesma espécie já foram documentados em animais como golfinhos, elefantes e chimpanzés. No entanto, esse novo estudo sugere que até mesmo pequenos mamíferos, como os ratos, podem exibir essa forma de comportamento solidário.

A pesquisa amplia o entendimento sobre empatia e cooperação no reino animal e pode fornecer novas perspectivas para o estudo das bases biológicas do altruísmo.

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Fabiana Batista Stos
Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.

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